BioNOW! #39 – Do tecido muscular ao têxtil: uma fórmula para o sucesso?

Um dos problemas mais prementes da nossa civilização do espetáculo é aquilo que alguns denominam de “escrita preguiçosa” e outros, ilustres poliglotas, de “clichés”. Atire a primeira pedra aquele que nunca revirou os olhos quando o herói, depois de ser baleado durante o clímax do filme e de se instalar o melodrama nos outros protagonistas, revela um colete à prova de bala sob os trajes (que muito provavelmente serão um novo “look” da próxima estação). Ora, tentemos resolver esse cenário: não ao estilo hitchcockiano, mas com um “Easter egg”. Imaginemos que o colete é feito de fibras musculares. Não, melhor ainda. Imaginemos, antes, que se trata de um fato de super-herói (o que, desde já, garantiria o sucesso nas bilheteiras), todo ele feito de fibras musculares. «Bom… isso parece mais o estilo do vilão.» «Ah, mas foi produzido sem matar um único animal!» «Pronto, de um super-herói “vegan”.» Um fato que consegue absorver mais energia que o algodão, a seda, o nylon e, até mesmo, o Kevlar. Daí, ter amparado o impacto. E desengane-se quem assumir que só o fantasioso universo Marvel poderia conter semelhante enredo. Pois, por vezes, a realidade tem rasgos de ficção…

BioNOW! #37 – A geometria fractal dos pensamentos complexos

A ideia de que no futuro será possível descarregar a nossa mente para um computador tem ganho popularidade nos círculos mais mediáticos. Seja ela profética previsão ou mero sofisma, uma coisa é certa: ainda é larga a nossa ignorância sobre o órgão que preenche a cavidade craniana. Fora as questões sobre a origem da consciência ou sobre a existência do livre-arbítrio – que aos poucos têm transitado dos anais da metafísica para as neurociências – a “simples” tarefa de perceber como se produzem pensamentos complexos permanece uma aventura de dantesca escala. Mas não há motivos para desanimar, pois, ao que parece, pode tratar-se precisamente de uma questão de escala.