A ideia de que no futuro será possível descarregar a nossa mente para um computador tem ganho popularidade nos círculos mais mediáticos. Seja ela profética previsão ou mero sofisma, uma coisa é certa: ainda é larga a nossa ignorância sobre o órgão que preenche a cavidade craniana. Fora as questões sobre a origem da consciência ou sobre a existência do livre-arbítrio – que aos poucos têm transitado dos anais da metafísica para as neurociências – a “simples” tarefa de perceber como se produzem pensamentos complexos permanece uma aventura de dantesca escala. Mas não há motivos para desanimar, pois, ao que parece, pode tratar-se precisamente de uma questão de escala.