BioNOW!
BioNOW! #54 – In Vitro Gaming: a procura pelas origens da Inteligência
A palavra “inteligência” iniciou uma demanda conceptual que atravessa gerações. Na antiguidade clássica, este conceito foi reclamado como a capacidade intrínseca e exclusiva do Ser Humano de compreender e aprender. No fim do século XIX, as fronteiras desta virtude começaram a ser expandidas para o restante reino animal, surgindo o termo “generalized intelligence”. No entanto, numa era dominada pelas ciências exatas, a inteligência clama por uma origem tangível. Ora, será o neurónio, unidade básica do sistema nervoso de qualquer organismo que o possua, o pote de ouro no fim deste arco-íris?
Encontrada a raiz da capacidade de raciocínio, surge uma nova questão. Será possível interagir com essa mesma raiz, o neurónio, de tal forma que consigamos controlar a sua inteligência inerente? Foi precisamente esta pergunta que motivou um grupo de investigadores da Cortical Labs, laboratório focado em neurociência em Melbourne, Austrália, a realizar uma experiência com neurónios in vitro de modo a testar a sua capacidade de avaliação e adaptação a estímulos externos.

